LÍNGUA PORTUGUESA
22/02/2015 23:48CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
CLASSIFICAÇÃO: - Conjunções Coordenativas - Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
- ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma.
Observe os exemplos:
- Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora.
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
- ADVERSATIVAS
Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
- Ela trabalha muito mas ganha pouco.
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
ALTERNATIVAS
Expressam idéia de alternância.
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
- Minha cachorra ora late ora dorme.
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já.
CONCLUSIVAS
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
- Estudei muito por isso mereço passar.
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS
Explicam, dão um motivo ou razão:
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.
- Ela fala mais que um papagaio.
CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesar de”.
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)
- Apesar de ter chovido fui ao cinema.
CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.
CONSECUTIVAS
Expressam uma idéia de conseqüência.
Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).
- Falou tanto que ficou rouco.
- Estava tão feliz que desmaiou.
FINAIS
Expressam idéia de finalidade, objetivo.
- Todos trabalham para que possam sobreviver.
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
- Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.
Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que".
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:
- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
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Sujeito
É o termo da oração sobre o qual se diz alguma coisa.
EX: Maria fez faculdade de Letras.
Maria é o sujeito da oração, pois é a respeito dela que se diz algo.
Núcleo do Sujeito
É a palavra mais importante do sujeito. No exemplo citado acima, Maria é o sujeito e núcleo do sujeito, também.
Porém, às vezes, o sujeito vem composto por várias palavras e conectivos. Então, é preciso identificar qual destas palavras é a mais importante.
EX: O carro do meu pai é azul.
O sujeito é: O carro do meu pai.
Temos cinco termos. Destes, o mais importante é carro. Logo, carro é o núcleo do sujeito.
EX 2: Esta casa é bonita.
Sujeito: esta casa
Núcleo: casa
Classificação do Sujeito
O sujeito pode ser: - Simples – Composto - Oculto ou desinencial – Indeterminado - Oração sem sujeito.
Sujeito Simples
Possui apenas um núcleo.
Exemplo: As estrelas brilham no firmamento.
Sujeito: As estrelas
Núcleo: estrelas
Sujeito Composto
Possui mais de um núcleo.
Exemplo: O menino e a menina vão à escola.
Sujeito: O menino e a menina
Núcleo: menino/menina
Sujeito Oculto ou Desinencial
Não está presente na frase, mas é reconhecível pela terminação verbal.
EX: Concordamos com as suas idéias.
Sujeito: nós
Núcleo: nós
EX 2: Não entendi a questão.
Sujeito: eu
Núcleo: eu
Sujeito Indeterminado
O sujeito não está expresso na oração. Existem duas formas de indeterminar o sujeito.
1. Verbo na terceira pessoa do plural
- Mandaram os acidentados para o hospital.
- Falaram bem de você.
- Telefonaram para você.
2. Verbo na terceira pessoa do singular + partícula – se junto de qualquer verbo (exceto o verbo transitivo direto)
- Precisa-se de carpinteiros. (o verbo precisar é transitivo indireto)
- Acredita-se em marcianos. (acreditar é transitivo indireto)
- Trabalha-se demais aqui. (trabalhar é intransitivo)
Oração sem Sujeito
Ocorre oração sem sujeito nos seguintes casos.
1. Com o verbo haver no sentido de existir ou com referência à passagem de tempo.
- Há dois meses que não o vejo.
- Há vários alunos na sala.
- Há muitos anos que não o vejo.
- Havia cinco alunos na biblioteca.
Nestes casos o verbo haver é impessoal. Porém, se nós substituirmos haver por existir, já não será mais um caso de oração sem sujeito.
EX: Existiam cinco alunos na sala.
Sujeito: cinco alunos.
O verbo existir possui sujeito, pois ele não é impessoal.
2. Com verbos e expressões que indicam fenômenos meteorológicos.
- Trovejou hoje.
- Nevou no sul do Brasil.
3. Com verbos fazer, ser, estar indicando tempo ou clima.
- Faz dois anos que ele saiu.
- É uma hora.
- Está frio.
Observações.
Sujeito representado por um pronome indefinido.
- Alguém viu o cometa?
- Ninguém estudou.
- Todos viajaram.
- Muitos ficaram felizes
- Ninguém viu minha caneta?
- Todos ficaram quietos.
O sujeito será o próprio pronome e será classificado como sujeito simples.
Observe os exemplos:
- Choveu papel picado.
Sujeito: papel picado
- Eu amanheci com dor de cabeça.
Sujeito: eu.
Não se trata de oração sem sujeito porque os verbos foram usados no sentido figurado. Logo, eles possuem sujeito.
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Preposições
Brinquedo de pelúcia Caixa com bombons
Você notou que entre as palavras – “brinquedo e pelúcia”, “caixa e bombons” há um termo que teve a função de ligá-las, não é mesmo?
Caso quiséssemos escrevê-las sem estes termos, elas ficariam sem sentido, pois na primeira frase revela o instrumento do qual os brinquedos são feitos, ou seja, de pelúcia.
E na segunda, indica o objeto que compõe a caixa, no caso, os bombons.
Através desta análise podemos concluir que as preposições são termos que ligam duas palavras entre si em uma frase ou oração.
Outro detalhe importantíssimo que precisamos saber é que as preposições são invariáveis, mas o que vem a ser isto?
Isto quer dizer que eles permanecem em sua forma original, não podendo nunca serem escritas no plural.
As principais preposições são:
a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – por – perante – sem – sob - sobre
Vamos ver alguns exemplos:
Eu resido em Salvador.
O livro está sobre a mesa.
Mamãe trouxe o bolo para mim.
É importante destacar também uma curiosidade!
Como são formadas as preposições? Elas são formadas por basicamente dois tipos: por combinação e por contração.
Por combinação só existem duas:
ao – formada pelo artigo “o” com o artigo “a”.
Aonde - formada pelo artigo “a” com o pronome demonstrativo “onde”.
Antes de conhecermos aquelas que são formadas por contração, é necessário sabemos o sentido do termo “contração”:
Contração é a combinação de uma preposição principal – de, com, para, entre outras, com outras palavras pertencentes a outras classes, tais como pronomes e advérbios.
da – preposição de + o artigo a
do – preposição de + o artigo o
dela – preposição de + o pronome pessoal ela
dessa – preposição de + o pronome demonstrativo essa
daquela – preposição de + o pronome demonstrativo aquela
daqui – preposição de + o advérbio aqui
naquele – preposição em + o pronome demonstrativo aquele
na – preposição em + o artigo a
nesse – preposição em + o pronome demonstrativo esse
pela – preposição per + o artigo a
nele – preposição em + o pronome pessoal ele.
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Semântica: Antonímia, Sinonímia, Homonímia e Paronímia
1. SEMÂNTICA - É o estudo do sentido das palavras de uma língua. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração: SINONÍMIA, ANTONÍMIA HOMONÍMIA, PARONÍMIA e POLISSEMIA.
2. SINONÍMIA - É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.
3. ANTONÍMIA - É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
4. HOMONÍMIA - É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
o As homônimas podem ser as: HOMÓGRAFAS, HOMÓFONAS e PERFEITAS.
5. HOMÓGRAFAS - São palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
6. HOMÓFONAS - São palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela
(substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
7. PERFEITAS - São palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);
8. PARONÍMIA - É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar).
9. POLISSEMIA - É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
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